Regulação e compliance em 2025: o que mudou para FIDCs e fintechs de crédito

Outro ponto relevante em 2025 foi o reforço da supervisão compartilhada. CVM e ANBIMA ampliaram o acordo de cooperação para incluir os FIDCs, elevando a cobertura da autorregulação e o monitoramento do mercado. O resultado prático é mais padronização de processos, melhoria de disclosure e maior previsibilidade para administradores e gestores.

No âmbito operacional, a CVM comunicou a unificação de cadastros entre administradores de FII, FIDC e carteiras, com início a partir de 1º de outubro de 2025. Essa medida tende a reduzir redundâncias administrativas e aumentar a eficiência de compliance.

Para as fintechs de crédito, o Banco Central manteve em 2025 sua agenda de aprimoramentos regulatórios, priorizando Open Finance, performance do ecossistema e ganhos de eficiência. Além disso, o BC promoveu um processo de consolidação normativa e ampliação do escopo regulatório, movimento que simplifica regras e fortalece requisitos prudenciais, afetando diretamente Sociedades de Crédito Direto (SCD) e Sociedades de Empréstimo entre Pessoas (SEP).

Assim, 2025 marca um ambiente de maior transparência, padronização e supervisão para os FIDCs, além de maior clareza regulatória para fintechs de crédito. Esse conjunto de medidas tende a reduzir riscos operacionais e jurídicos, elevar a confiança de investidores e destravar ganhos de eficiência em captação, originação e gestão de carteiras.

A adaptação não é apenas uma exigência legal, mas também uma oportunidade de fortalecer processos internos e ganhar competitividade. Confira os cinco pontos essenciais:

  1. Adaptação à Resolução CVM 175
    Garanta que todas as regras, documentos e relatórios do fundo estejam alinhados ao novo marco regulatório.
  2. Acompanhamento da autorregulação da ANBIMA
    Mantenha processos internos em conformidade com os manuais e práticas de supervisão compartilhada entre CVM e ANBIMA.
  3. Atualização cadastral obrigatória
    Prepare-se para a unificação de cadastros exigida pela CVM a partir de outubro de 2025, evitando inconsistências.
  4. Atenção às normas do Banco Central
    Revise políticas e sistemas internos à luz da consolidação normativa e da agenda regulatória do BC, especialmente no caso das fintechs de crédito.
  5. Gestão contínua de risco e compliance
    Estruture rotinas de monitoramento e auditoria internas que assegurem transparência, governança e conformidade em todas as operações.